Muitos estudos recentes têm se preocupado em analisar o consumo de alimentos in natura, processados e ultraprocessados nas dietas, sendo os dois últimos associados ao aumento no número de pessoas com doenças crônicas e excesso de peso.

Isso acontece porque esses alimentos são geralmente ricos em sódio, gorduras, açúcares e, em contrapartida, são pobres em nutrientes e estão associados a diversos problemas de saúde.

Por isso, saber a diferença entre alimentos in natura, processados e ultraprocessados contribui para a escolha diária por dietas saudáveis que nutrem e equilibram o nosso organismo, promovendo saúde e qualidade de vida.

Para saber a diferença entre eles, os riscos de hábitos não saudáveis e como está o cenário no Brasil, continue acompanhando a leitura deste artigo.

Qual a diferença entre alimentos in natura, processados e ultraprocessados?

Os estudos têm considerado não apenas o consumo de produtos considerados prejudiciais à saúde, mas também a sua produção. Esses alimentos in natura, processados e ultraprocessados possuem algumas diferenças, e para que você entenda melhor, confira:

Alimentos in natura

Esses são os alimentos obtidos diretamente de plantas ou animais, sem que qualquer alteração tenha sido feita. Ou seja, são representados pelas frutas, folhas, peixes, ovos e outros produtos.

Processados

Já os processados são produtos fabricados com a adição de sal ou açúcar em alimentos in natura ou minimamente processados. Portanto, podem ser legumes em conserva, queijos, frutas em calda e pães, tornando-os mais duráveis ou agradáveis ao paladar.

Alimentos minimamente processados

Esses são os alimentos in natura que, antes de serem comprados ou consumidos, passam por alterações mínimas, como processos de limpeza, remoções de partes específicas, secagem, fermentação e outros processos.

Ou seja, podem ser produtos que são extraídos diretamente da natureza e utilizados para criar outros alimentos, como óleos, gorduras, açúcar ou sal.

Ultraprocessados

Por fim, os ultraprocessados envolvem a fabricação por etapas e técnicas de processamento, geralmente industriais. Com isso, o alimento passa por modificações que o tornam mais durável, prático, atraente ou palatável. Exemplos disso são os refrigerantes, biscoitos recheados e macarrão instantâneo.

Por que evitar alimentos ultraprocessados?

Quando falamos de alimentos in natura, processados e ultraprocessados, estes últimos estão totalmente associados com a modernidade, principalmente por conta de serem soluções mais rápidas e práticas para o dia a dia.

Isso porque vivemos uma sociedade com cada vez menos tempo para atividades de lazer e cuidados com a saúde, que passaram a ficar em segundo plano devido aos hábitos mais simples e alimentos industrializados.

No entanto, esses produtos passam por uma série de adição de ingredientes e químicos no seu processo de produção, o que inclui sal, açúcares, gorduras e outras substâncias como corantes, conservantes, estabilizantes, aromatizantes, emulsificantes e flavorizantes.

Seja para dar mais textura e sabor, aumentar o prazo de validade ou realçar cores, esses métodos desfavorecem a composição nutricional dos alimentos, aumentando os níveis de sódio, calorias e outras características.

Perigos dos produtos industrializados

Nosso organismo necessita de doses diárias de nutrientes diversos, para que todas as funções do organismo sejam bem desempenhadas, forneçam energia para as tarefas do dia a dia e protejam nosso corpo de possíveis doenças.

Além disso, as diferenças que existem entre os alimentos in natura, processados e ultraprocessados são cruciais para evitar o aumento do risco de obesidade, hipertensão, problemas cardiovasculares e até mesmo câncer.

Produtos industriais tendem a ter uma fonte de energia vazia para o nosso corpo, pois não possuem os nutrientes dos quais precisamos diariamente, além de também estarem

atrelados a problemas no funcionamento cognitivo, reduzindo a atenção, memória e raciocínio.

Por fim, o consumo de grandes quantidades de ultraprocessados favorece o surgimento de doenças cardiovasculares, diabetes e vários tipos de câncer, pois o coração passa a trabalhar dobrado para compensar a ingestão desses alimentos

Como nossos hábitos influenciam na maneira como nos alimentamos?

Alimentos in natura, processados e ultraprocessados precisam ser equilibrados em nossos hábitos, pois eles influenciam diretamente na nossa qualidade de vida.

Esses comportamentos podem ser influenciados por questões culturais, econômicas, geográficas entre outras, que contribuem para a maneira como nos alimentamos, o que nem sempre representa hábitos saudáveis.

Além disso, aspectos psicológicos também influenciam na maneira como nos alimentamos, pois muitas vezes recorremos a esses produtos para sair da rotina, do estresse ou situações negativas.

O problema é quando substituímos a necessidade de nos alimentarmos bem por produtos que prejudicam o nosso organismo no curto e longo prazo, o que aliado a outros problemas como o sedentarismo podem levar a diversos problemas.

Precisamos ir além do conforto e praticidade

Por buscarmos mais conforto, muitas vezes recorremos aos industrializados ao mesmo tempo em que não nos preocupamos com exercícios físicos regulares e outros hábitos saudáveis que contribuem para a qualidade de vida.

Consumir bebidas alcoólicas, pizza, alimentos fritos e outros produtos com amigos ou familiares pode se tornar hábitos viciosos, o que pode afetar até mesmo nossa saúde financeira.

Além disso, ao não equilibrarmos os alimentos in natura, processados e ultraprocessados e hábitos saudáveis, podem prejudicar até mesmo nossa qualidade do sono, que é um processo essencial do nosso organismo.

Por fim, o consumo de alimentos industrializados contribuem para o aumento da produção de hormônios do estresse, que afetam o processo de digestão, geram perda muscular e acúmulo de gordura.

Alimentação e qualidade de vida

Alimentos in natura, processados e ultraprocessados possuem pesos diferentes quando o assunto é a qualidade de vida, principalmente porque os industrializados estão associados aos problemas que destacamos.

Se você quiser aprender mais sobre esse assunto, confira o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde e saiba como escolher os alimentos corretos na sua dieta.

Com ele, você vai entender que, ao manter hábitos saudáveis e preferência por alimentos in natura, o corpo consegue receber nutrientes essenciais como vitaminas, fibras, ferro fósforo, potássio, cálcio, magnésio e zinco, que ajudam no combate de diversas doenças.

Esses nutrientes auxiliam no fortalecimento do sistema imunológico, combatendo dores de cabeça, hipertensão, doenças autoimunes e reduzem consideravelmente o aparecimento de diversos tipos de câncer.

Uma boa alimentação com equilíbrio entre alimentos in natura, processados e ultraprocessados está associada ao nosso sistema emocional e mental, que com os produtos industrializados passam a ter o metabolismo hormonal alterado

Saúde mental

Nosso corpo possui diversos hormônios, que estão presentes nos processos do organismo que impactam desde a qualidade do sono até a forma com a qual nos relacionamos com as pessoas no dia a dia.

Para que tenhamos um bom funcionamento cerebral, é essencial entender as diferenças entre alimentos in natura, processados e ultraprocessados, consumindo vitaminas, aminoácidos, gorduras saudáveis e minerais, que melhoram a cognição, memória e evitam até mesmo o Alzheimer.

Além disso, alimentos in natura possuem alto poder antioxidante, que contribui para um sistema nervoso sem estresse oxidativo e melhora as respostas do organismo diante de doenças como depressão e esquizofrenia.

Por fim, esse tipo de dieta favorece o funcionamento das atividades neuromoduladoras e neurotransmissoras, ajudando também na hiperatividade e mantendo as atividades neurológicas funcionando corretamente.

O problema da obesidade no Brasil

Em torno dos alimentos in natura, processados e ultraprocessados, alguns estudos como o do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentaram dados da PNS 2019 bastante significativos.

A Pesquisa Nacional de Saúde realizada em conjunto com o Ministério da Saúde revelou que seis em cada dez brasileiros apresentam excesso de peso, o que entre 2002 e 2003 representava um número de quatro em cada dez.

Esse número representa em torno de 96 milhões de pessoas acima do peso no país, que são distribuídos entre sobrepeso e obesidade, sendo que os dados desta última mais que dobraram no período.

Cada vez mais adolescentes

De acordo com a pesquisa, entre os jovens entre 15 e 17 anos selecionados em uma subamostra dos domicílios que participaram da pesquisa,19,4% deles estão com excesso de peso, o que representa um número de 1,8 milhão de pessoas

Ainda, 6,7% deles já apresentam obesidade, que de acordo com a pesquisa é um problema mais prevalente nas meninas do que nos meninos, representando 8% e 5,4%, respectivamente. E a tendência é que esses números aumentem.

Isso porque diversos fatores contribuem para a prevalência do problema durante o decorrer da vida. A pesquisa indica que 33,7% das pessoas na faixa dos 18 aos 24 anos estão pesando mais do que deveriam.

Já na faixa dos 40 e 59 anos, os números sobem ainda mais, já que 70,3% das pessoas nessa idade estão com excesso de peso e, assim como nos adolescentes, as mulheres adultas enfrentam o mesmo problema, em maior número.

As mulheres brasileiras e a obesidade

A PNS observou que, com exceção da faixa etária de 25 a 30 anos, em todas as outras idades as mulheres possuem maior prevalência de obesidade em relação aos homens.

Essa média geral representa que 29,5% delas têm obesidade, ou seja, uma em cada três. Nos homens, a porcentagem é de 21,8%. Já em relação ao sobrepeso, porém, as mulheres representam 62,6% e os homens 57,5%.

Como você pôde perceber, é preciso estar atento às diferenças entre os alimentos in natura, processados e ultraprocessados, além de aliar uma boa alimentação a exercícios físicos e hábitos saudáveis.

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